
É engraçado ver a indiferença das pessoas enquanto o mundo explode sabe por que? Porque esta explosão está sendo provocada pela forma como agimos no mundo. Destruímos os recursos naturais que necessitamos para viver, trabalhamos duro para sustentar um sistema insustentável. Obedecemos de forma irracional aos apelos da TV e dos outdoors por consumo desenfreado. Coisas, apetrechos diversos com status de pessoas e as pessoas... as pessoas de verdade com status de... fantasma. Aliás fantasma não porque fantasma inspira medo, em nossa sociedade as pessoas muitas vezes são tratadas como lixo, como algo sem valor que inspira repulsa e que deve ser expulso de nossas vidas, levado para um lugar distante onde possa cheirar mal, poluir, provocar doenças bem longe de nossas casas, resumindo, incomodar. Por tratarmos um problema tão sério com tamanha negligência, não fica difícil entender o avanço da criminalidade e da violência e também a forma como essa criminalidade e violência abraçam nosso dia-a-dia. Se tratamos as pessoas como lixo, uma vez que, também somos pessoas, seremos tratados como lixo pelas outras pessoas. É como se após uma forte chuva a enchurrada trouxesse o lixo de volta para nossas casas. Só que o lixo em questão não é lixo. O lixo são pessoas iguais a você e que, igual a você têm direito a ter uma vida digna, moradia, alimentação, saúde, lazer, um meio ambiente saudável e participar das decisões sobre o próprio futuro. No entanto isto só será possível se destruirmos o sistema econômico em que vivemos. Um novo mundo no qual as pessoas sejam respeitadas e tratadas como pessoas, está diretamente ligado ao fim da propriedade privada dos meios de produção, ou seja, o homem deve decidir o que produzir, o quanto produzir, como produzir, para quê e para quem produzir. O aspecto qualitativo de nossas vidas deve ser respeitado levando em conta que nem todos podem ter acesso a tudo do ponto de vista individual, mas do ponto de vista coletivo, todos podem ter acesso a tudo. Só assim existirá o que chamamos de justiça. Mas antes REVOLUÇÃO.
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